quinta-feira, 16 de julho de 2009

Um pequeno passo para o homem…

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20 de julho de 1969 foi um dia que entrou para a história da humanidade, pois pela primeira vez o homem pisou na lua. Há quem não acredite nisso, achando que tudo não passou de uma teoria da conspiração, forjada pelo governo estadunidense para assumir a ponta na corrida bélica com a União Soviética.

Seu Jonas Canário também não acredita que nesse dia o ser humano tenha pisado pela pimeira vez na lua. Não é que ele dê ouvidos a essas teorias conspiratórias, não é isso; a questão é que para ele o homem já pisara na superfície lunar bem antes.

Do alto de seus 90 anos, ele se lembra bem da primeira vez que o homem pisou na lua; não há como esquecer, afinal, ele fora justamente o segundo a realizar tal feito. Estava lá, saindo da cápsula lunar quando o outro astronauta da missão espacial se antecipou, e saiu na sua frente. Seu Jonas prefere nem lembrar, eis que o impulso dado por esse outro astronauta fora tão forte que ele não conseguiu se estabilizar no vazio, devido à falta de atmosfera e a quase inexistente gravidade da lua. Com isso, o cabo que precariamente o prendia à cápsula se soltou, e ele deve até hoje estar vagando por algum lugar do espaço, à procura de uma órbita que lhe atraia.

Isso tudo ocorreu por volta de 1959, dez anos antes da missão espacial norte-americana. O governo brasileiro, no auge da euforia que envolvia aquela ideia de “cinquenta anos em cinco”, decidiu entrar na corrida espacial, meio que na surdina. Juscelino Kubitschek, então presidente do Brasil, achava que, uma vez conquistado o espaço, o Brasil poderia galgar melhores posições no cenário internacional e ocupar a posição de superpotência, ao lado de EUA e URSS.

Sem que ninguém soubesse, foi conduzido pelo governo JK um ambicioso plano que levaria o Brasil à Lua. A construção de Brasília, criação de estradas, implementação de fábricas etc, eram apenas um caro disfarce, factoides, para os olhos da imprensa. Nos EUA e na URSS, alguns anos depois, no auge da Guerra Fria, ninguém nunca questionou os valores envolvidos em suas respectivas missões espaciais. Afinal, não se tratava de mero capricho científico, mas demonstração de poder e força sobre os demais países. Mas no Brasil, que no fim das contas não tinha nada a ver com essa história, gastos exorbitantes como estes seriam muito mal-vistos pela opinião pública. A solução, portanto, foi colocar tudo na conta de Brasília mesmo. Vê-se que desde então a cidade já mostrava vocação para a prática de atos secretos.

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A conta dos devaneios espaciais de JK foi parar, vejam só, na nova capital.

Imaginem só: Neil Armstrong, ao descer da nave e pisar em solo lunar, pronto para fincar a bandeira dos EUA, se depara com uma bandeira verde e amarela, já demarcando o território. Só que na verdade isso nunca ocorreu, pois que devido a questões referentes à rotação do planeta Terra, além de outras questões astronômicas que não sei direito, a missão brasileira pousou a quilômetros de distância do local onde anos depois pousariam os norte-americanos. Por isso, a bandeira brasileira permanece lá intocada, ainda com o mesmo amassado que tinha em 1959.

Por isso mesmo que seu Jonas não acredita que Neil Armstrong tenha sido o primeiro homem a pisar na lua. Aliás, quando Yuri Gagarin afirmou, em 1961, durante aquela que teria sido a primeira viagem tripulada ao espaço, que a Terra era azul, essa já era uma constatação que o próprio Jonas já havia feito dois anos antes. E ele insistia em repetir a seus amigos, na fila do supermercado, na mesa do bar, no banco da igreja, sem que ninguém lhe desse ouvidos.

Mas porque essa missão não foi revelada, e o ineditismo da conquista brasileira nunca foi exibido à humanidade, isso seu Jonas não sabe explicar direito. Sabe que a missão em si não foi exatamente um sucesso, até porque, dos dois astronautas mandados à missão – pilotos da FAB, com grande experiência, inclusive na Segunda Guerra Mundial, e voluntários para a viagem –, apenas ele retornou ao planeta Terra. Como já dito acima, seu parceiro nesta empreitada, se tudo ocorrera como ele afirma, deve estar agora em algum ponto do universo, no caminho entre o sol e plutão.

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Nosso caro Jonas sentado em cima da hélice, junto aos demais oficiais da FAB, no fim da 2ª Guerra Mundial.

Além disso, ainda no decorrer da viagem, entre o planeta Terra e a Lua, o equipamento responsável pela comunicação entre a nave e o comando da Agência Espacial brasileira fora irreversivelmente danificado, de modo que as conversas entre os dois astronautas e os técnicos que estavam aqui se tornaram impossíveis. Portanto, não há aqui na Terra qualquer registro do que teria ocorrido nessa viagem, como foi o pouso e o que os astronautas encontraram por lá.

Toda a missão a partir daquele ponto se deu às escuras. Seu Jonas agora só contava com seu ímpeto e espírito de aviador para que tudo desse certo em seu retorno ao planeta. Mas, por mais inspiradoras que essas palavras possam parecer, isso não foi suficiente. Não bastando todos os problemas dessa odisseia até então, agora ele teria de voltar, e sozinho.

Sem orientação alguma, seu Jonas tomou o comando da aeronave e rumou de volta à Terra. Aí se deu conta de que, sem qualquer orientação vinda do comando em terra, seus conhecimentos aeronáuticos teriam pouca ou nenhuma valia nesta situação. Mas ainda assim, não se fez de rogado; voltaria, para comprovar o sucesso da missão espacial brasileira, e assim lançar o Brasil a uma posição internacional até então inédita.

“Voa Canarinho!”, costumava dizer a si mesmo nessas situações de tensão. A reentrada na atmosfera fez com que ele repetisse como nunca essas palavras. Sua nave acabou por cair em meio ao Oceano Atlântico, perdido entre os arquipélagos de Fernando de Noronha e de São Pedro e São Paulo. Dali, nadou até que se fatigasse e fosse resgatado por uma embarcação de pesca, que o levou para Natal.

Na capital potiguar procurou por seus superiores, tentando relatar as agruras de sua viagem aeroespacial, mas entre os militares não havia quem soubesse de tal missão. Havia quem o conhecesse, mas de lembranças já quase esquecidas da Segunda Guerra – afinal de contas, seu Jonas não fora capaz de grandes feitos heroicos durante a guerra.

E até hoje, não encontrou ninguém que confirmasse sua história a respeito da missão espacial brasileira, em nenhum nível das Forças Armadas brasileiras, ou mesmo do governo federal. Todos reagem espantados às revelações de seu Jonas e ele próprio está convicto hoje que tudo não passou de um devaneio do então presidente da República Federativa do Brasil, e que levará para o túmulo toda essa história.

Em tempo: a opinião geral a respeito de seu Jonas Canário é que ele não bate muito bem da cabeça.

A história, não sei se você percebeu, é ficcional. Por isso, de antemão, já pedimos desculpas ao Canário da foto. Não, ele não é maluco, só nos emprestou o nome.

9 comentários:

  1. hahahaha... SENSACIONAL!!!!
    Seu Jonas deve ser tipo o Seu Lunga dum Blog desses... auiahiuah
    Viva Seu Jonas!!!

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  2. hahhahaahhaa de onde vc tira tanta criatividade Renan!!!? Desvaneios espaciais de JK!!hahha muito bom!
    Beijos! =)

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  3. Muito criativo! Estou rindo horrores. O seu Jonas é meu vizinho em Realengo, vc sabia? Ele, como minha vó, não acredita que os americanos chegaram a lua.
    Bjs

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  4. "Jonas Canário, prodígios e desventuras..." daria um bom livro!!
    Gostei demais! Hermano, cada dia que passa vejo o quanto vc precisa escrever um livro!!

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  5. maior viagem!bem criativo
    senti um pouco de dó do outro astronauta...rs

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  6. Sir Neil e esse tal de Canarinho que me perdoem... mas tb não acredito nessas estórias aí não...a Lua? Eu vivo lá, e pelo que sei não tem bandeira nenhuma lá não. Se vc quiser, Renan, eu deixo vc ir lá conhecer meu cantinho qualquer dia desses, ok?

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  7. Neniiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    QUE ISSO HEIN!!!!
    aproveita a onda do STF e vira jornalista, amygo!!!!tá podendo mais que tudo!!!!
    voooooooooa canareeenho!!!!

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  8. Hahahahahaha... "voa canarinho" é sacanagem!

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  9. Só uma palavra para definir o texto: SENSACIONAL. Pior que por um breve momento vc chega a torcer pelo Seu Jonas e resolver, mesmo que por um brevíssimo momento mesmo, abraçar a causa.

    Abraço,

    Charlles "QF" Mendes (ps: o "QF" foi para aproveitar o espaço para divulgar os "Quase Famosos", haueah!!!)

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