sábado, 30 de maio de 2009

Ô psit!

Tenho que admitir que todos os dias, pela manhã, não me contenho e ligo a televisão no Sportv, pra assistir ao meu mais novo programa imperdível: Redação Sportv.

O programa é uma mesa-redonda um pouco diferente das usuais. Digo isso porque as discussões baseiam-se única e exclusivamente nas notícias dos jornais do dia, sem técnicos ou jogadores convidados, esbaforidos e/ou com sanha de aparecer na televisão, mas apenas jornalistas e pessoas do meio. Vez ou outra tem a participação de um técnico ou cartola aqui, um jogador acolá, mas as vozes predominantes são mesmo as dos jornalistas, dentre os quais destaca-se um de quem sou fã: Renato Maurício Prado. Colunista do jornal “O Globo”, ele normalmente escreve de forma bem ácida, mas honesta. O problema é que nem todo mundo gosta de ler a verdade – cartolas, principalmente.

Ele não tá lá todos os dias, mas o programa fica mais divertido quando ele aparece. Não perdoa ninguém, mas também não conta nenhuma mentira – Obina que o diga. Tenho até algumas suspeitas de que esse jornalista torça para o Flamengo. Digo isso porque é um dos times dos quais ele mais fala (para o bem e para o mal), mesmo quando não tem muita coisa acontecendo lá pela Gávea. Mas deixa isso pra lá.

O programa tem ainda um nerd futebolístico de plantão, que toda semana tá lá pra dar dicas a respeito do Cartola F. C., quem tá mandando bem e quem não tá etc.

Admito que o programa é muito bom, mas não é apenas isso que me mantém diante da tv todas as manhãs, abrindo mão dos meus desenhos preferidos – brincadeira. O programa não seria o que é hoje se não fosse conduzido por um espetacular apresentador: ninguém menos que Marcelo Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumo Barreto, mais conhecido pela simples alcunha de Marcelo Barreto.

O cara é a cara do Didi Mocó nos anos 70 – a melhor época dos Trapalhões, diga-se de passagem. Suspeito de que se trate de um filho bastardo do humorista, ou coisa parecida. Fato é que, para um fã da formação clássica do humorístico, acho que assistir ao Redação Sportv todas as manhãs me remonta a recordações pueris que só os Trapalhões puderam me proporcionar.

Ou seja, o programa simplesmente é apresentado pelo filho do Didi – ou o melhor sósia daquele Didi dos anos 70 que já se viu. Confere aí:

marcelo_barreto trapalhões
Bem, o Didi é o da direita. Ou seria esquerda?

***

À procura de fotos no Google que pudessem ilustrar esse post, descobri que o cara já era há muito zoado na internet – essa terra de ninguém – por conta dessa inusitada semelhança. Portanto o ponto e vírgula não descobriu o Brasil, admitimos isso. Mas não custa zoá-lo um pouco mais. Olha essa:

Marcelo Barreto Didi Moco

Não poderia ser mais propício ouvir O meu guri, do Chico Buarque.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Democracia do Samba

quinta do parque

Depois de um breve tempo afastado das rodas de samba e congêneres, tive há duas semanas a oportunidade de ver in loco a apresentação da Velha Guarda da Portela. Apesar de sem vontade alguma de sair naquela sexta e completamente fatigado, fisica e psiquicamente, eis que decidi comparecer ao evento. Não que a Velha Guarda da Portela seja alguma novidade – já os havia visto antes – mas naquele dia em especial me emocionou.

Fiquei perto da mesa observando aqueles senhores cantando e contando suas vidas, naquelas músicas de poesia simples, porém muito bela. Mas a inspiração para esse post veio de algo que li uma vez no jornal, se não me engano, a respeito do samba e de como este ritmo musical tão característico do Brasil é também tão democrático, e talvez resida aí o motivo de tamanha popularidade entre os trópicos.

Explico: o samba, assim como grande parte dos ritmos musicais, fala de amor, relacionamentos etc e tal, em grande parte de suas músicas. Lógico, há também no samba muito do que chamaria de “metamúsica” ou “metassamba” (inventei isso agora), que são sambas que falam do próprio samba, talvez como uma afirmação do ritmo, que foi criado por escravos e muito perseguido no começo – mas isso é história pra outro dia.

A questão é que, ainda que fale de amores, traições, dores-de-cotovelo e afins – e ainda tem a cuíca, que apesar de essencial, tem um som triste –, assim como diversos outros gêneros musicais, como o tango, por exemplo – as canções de Gardel são tristíssimas – o samba sempre evoca no incauto cidadão que esteja por perto uma incontrolável vontade de sair cantando por aí, mesmo que não se saiba a letra. Estar ao redor de tamborins, cavacos e violões acaba fazendo isso com a grande maioria das pessoas – é bem verdade que há aquelas que nem se coçam, mas aí ou é ruim da cabeça ou doente do pé.

E o motivo disso é simples: o “lá lá lá”. Vocês podem achar que é perseguição do blog, afinal o “lá lá lá” já foi tema de outro post antes. Mas não é! É inegável que isso faz toda a diferença, pois permite que o samba seja alcançável por qualquer pessoa, independente de saber a música ou não, de classe social, ou qualquer outro conceito que se queira utilizar. Nem preciso falar do sentimento em si que o “lá lá lá” causa nas pessoas em geral – isso já foi bastante exposto no outro post.

Mesmo que se trate da música mais triste, com a letra mais devastadora, em termos sentimentais – e olha que exemplos não faltam, em compositores tais como Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulinho da Viola, Jovelina Pérola Negra, Jorge Aragão, até mesmo Zeca Pagodinho, e por aí vai –, ainda assim, o cantor consegue fazer com que todos o acompanhem, ainda que seja apenas na parte do “lá lá lá”; é justamente aí que reside o conceito democrático desta manifestação musical brasileira, que normalmente faz com que os demais ritmos não garantam tamanha satisfação popular: todo bom samba que se preza tem um bom “lá lá lá” – ainda que em suas versões originais não as tenham, em uma roda de samba acabam ganhando –, que dura tempo suficiente, ainda que breve, pra fazer a pessoa se levantar da cadeira e cantar junto.

Além disso, há a beleza que tais composições apresentam, com poesias à altura dos maiores trovadores e harmonias e arranjos à altura dos maiores maestros, feitas, no entanto, por gente simples, e que durante muito tempo de suas vidas não podiam contar com a música como seu principal ofício e ainda assim conseguiram deixar uma marca indelével na cultura brasileira. Também acho que isso talvez seja tema pra um outro post, que por si só, poderia encher uma página deste blog. Mas não há como negar que quando pensamos nessas pessoas, como os compositores já citados, ou a Velha Guarda da Portela, da Mangueira, ou seja de que escola for, devemos sempre respeitar quem soube chegar onde eles chegaram.

Putz! Ouvindo muita coisa agora ao mesmo tempo… Pra citar algumas: “Pra fugir da saudade”, de Paulinho da Viola, “Pressentimento” de Elton Medeiros, “O poder da criação”, de João Nogueira, entre outras. Mas pra hoje fico com “Sorriso aberto” da Jovelina Pérola Negra, na versão do Fundo de Quintal, que acho que representa bem esse tipo de samba com letra triste, mas que ao mesmo tempo é também um exemplo do “metassamba” que me referi acima.

domingo, 17 de maio de 2009

Velhinho de ouro…

wrestlerposter1

Tratava-se, pois, da última sessão, no último dia, de modo que seria daquela vez ou nunca mais. Nunca mais também não, pois dentro de muito em breve se veria nas prateleiras das locadoras, mas aí a magia do cinema já estaria morta – não haveria mais como se resgatar o prazer de ver o filme em uma tela grande.

Tá certo que o cinema da Uff não é exatamente uma propriedade em termos de qualidade de projeção, eis que comumente a projeção falha, o som fica fora de sincronia ou mesmo se avista microfones no alto da tela – aliás, quando vir algo assim, não se assuste, nem saia falando mal do filme por aí, tipo “que porcaria, como o montador deixou passar uma cena daquelas?”, já que nas muitas das vezes, pelo menos em se tratando de cinema da Uff, o problema pode estar na sala de projeção, e não no filme em si. Pode ser simplesmente questão de se corrigir a projeção, tarefa de quem fica lá naquela salinha.

Mas conjecturas à parte a respeito da qualidade da projeção em si, a verdade é que o cinema da Uff é um oásis em meio ao deserto em que se transformou Niterói, em termos de opções cinematográficas. Poucas opções de cinema de qualidade – sejamos sinceros, a única opção nesse sentido é o Cinemark – e ainda nestes, apenas os blockbusters da vez. Nada contra os blockbusters, muito pelo contrário, são filmes para serem vistos no cinema mesmo, onde eles podem expor de forma maximizada sua finalidade precípua: entreter. Particularmente, me amarro em ir ao cinema ver explosões, e efeitos especiais, cenas de luta e tal; não há lugar melhor para isso.

Mas acho que cinema não se resume a isso; e quando você tem interesse em ver qualquer outro tipo de filme que não se encaixe nesse padrão, só lhe resta atravessar a ponte, pois com certeza, qualquer filme que você quiser ver estará em cartaz em algum cinema de Botafogo, desde os maiores blockbusters da temporada, até aqueles com menos apelo comercial que artístico – como, por exemplo, esse documentário do Simonal. Alguém achava que fosse estrear em circuito aqui em Niterói?

Lembro-me de, durante o carnaval, quando “O Lutador” fora lançado, estar em Santa Teresa, na entressafra de blocos – Carmelitas já havia passado, e corria à boca pequena que outro, que não lembro o nome, estava para começar – mais exatamente naquele Largo dos Guimarães, local onde funciona o único cinema do bairro. Ali fiquei pensando: em toda a cidade de Niterói não havia um único cinema que exibisse esse filme; no Rio, porém, até mesmo no único cinema de Santa Teresa se poderia vê-lo. Mas isso é uma discussão pra outro dia.

Após essa pequena digressão de quatro parágrafos, volto à história: apesar de todas as inovações tecnológicas proporcionadas pelas telas de lcd, dvd’s, pay-per-view por controle remoto etc, nada é capaz de substituir o prazer de se assistir a um filme no cinema, ainda que numa projeção tão deficitária quanto a da Uff. Por ser a última oportunidade de fazê-lo, não hesitei em rumar ao cinema, para a sessão de 16h30, ainda que ela pudesse me custar preciosos minutos na aula do curso que faço às 19h no centro do Rio – digo isso porque tenho o péssimo hábito de não anotar nada da aula quando eu chego lá e o professor já começou. Não sei explicar ao certo o porque disso, mas nesse dia consegui chegar a tempo e anotar tudo.

Mas a aula quase perdida não é o tema deste post.

É certo que as quase duas horas de projeção realmente valeram a pena. “O Lutador” realmente representa a ressureição de Mickey Rourke, como se pode ler no cartaz acima. É bem verdade que não lembro de nenhum filme que ele tenha feito na década de 80 que tenha se tornado antológico – de fato, não lembro de qualquer filme assim de cabeça, a não ser “Sin City”, que é bem recente. Mas isso não muda o fato de que realmente a interpretação dele é surpreendente. Ele consegue em um mesmo filme passar de Arnold Schwarzenegger a Tom Hanks, às vezes em até uma mesma cena. Ver um cara daquele tamanho chorando em uma cena do filme é espantoso.

O elenco todo manda muito bem, assim como a direção também consegue retratar muito bem a brutalidade do mundo da luta-livre, assim como a sensibilidade no coração daquele homem. E ainda tem Evan Rachel Wood como a filha dele, que vale cada (pouca) cena em que ela aparece.

Saí do cinema correndo pra tentar a alcançar a aula a tempo, porém com a sensação de que fiz bem. E dessa vez tenho que concordar com meu amigo Charlles: a música dos Guns’n Roses nunca se encaixou tão bem em um filme.

Podia ser Guns, mas como não curto muito, ouço Take it easy, my brother Charles, do mestre Jorge Ben.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Para o infinito e além…

O próximo passo, pode esperar, é um perfil no facebook. Aí sim o blog estará completo.

***

E acabei de ver na Folha que o Buddypoke, aquele bonequinho porre no orkut, passou a manhã toda fora do ar, afetando a milhões de usuários; nas palavras do próprio jornal, “o BuddyPoke tem 34 milhões de usuários no Orkut, sendo 98% no Brasil”.

Agora você vê: mais ou menos 34 milhões de pessoas não puderam expressar suas emoções por meio daqueles avatares bizarros, causando assim um irreparável dano aos mesmos, no sentido de que pode tê-los prejudicado em suas relações sociais, impossibilitando a edificação de sólidas bases afetivas etc.

Mas aí me pergunto: o que aconteceu com a forma tradicional de se expressar emoções?

Pensando melhor, próximo passo do blog: avatar no buddypoke. Como ficaria? Tenho até uma sugestão: Marvin, o paranoid android do Guia do Mochileiro das Galáxias, cabeçudo como os avatares e reclamão como os coautores do blog que vos escrevem.

marvin paranoid android

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eu queria ter um milhão de amigos…

Assim como o rei Roberto Carlos e o Ashton Kutcher. E nem precisava ter o Bruno de Luca entre eles. Digo que queria porque agora que aquele renomado ator (qual dos dois?!?) bateu a CNN, não tem mais graça alguma.

Mas mesmo que não consigamos 1 milhão de amigos, o que interessa é que agora o blog também está no twitter. Entra lá!

Ponto e Vírgula no Twitter!

Enquete!

Nós perguntamos aos nossos leitores, quando do quinquagésimo-primeiro post deste blog, se a data deveria ser comemorada e por quê. A imensa massa de leitores se manifestou, como se pode ver no gráfico ao lado, no sentido de que é claro que a data não poderia passar em branco.

Para a incontável maioria representada por 78% dos votos (8 pessoas),  ocasião não poderia passar em branco justamente por se tratar de uma desculpa para falar de cachaça – ora pois, por que não? –, enquanto que para uma pequena, porém expressiva, quantidade de pessoas (2 votos), a data deveria sim ser comemorada, por se tratar de uma situação única na história da humanidade.

Enquanto isso, apenas uma pessoa acha que não deve ser comemorado o memorável post, por achar que isso deveria ter sido feito no quinquagésimo. Apenas UM indivíduo acha isso. Pois que se pronuncie, dê a cara a tapa – brincadeira, não vamos bater em ninguém por aqui – para sabermos que este não poderemos convidar quando formos comemorar tal façanha, regada a goles e goles de Pirassununga… quando é que eu não sei!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Teatro do Opressor

Era algo por volta de oito da manhã, e quando tomava café, pouco antes de sair pra correr na praia, deparei-me com uma notícia, na capa do jornal, que apesar de pequena – no canto esquerdo superior – de cara tomou minha atenção.

Dizia respeito àquele caso do castelo de Greyskull erguido não em Etérnia, mas em Minas Gerais, de propriedade do deputado federal Edmar Moreira, e ao processo administrativo – não sei se é essa a expressão correta – a que ele responde na Câmara de Deputados. O relator do caso, o também deputado federal SérgioMoraes, não se fez de rogado ao abertamente defender o arquivamento do caso, sob o fundamento de que o dep. Edmar teria sido um “boi de piranha” e que a representação feita contra ele na câmara só teria alguma validade se todos os deputados que fizeram uso irregular de passagens aéreas – ou seja, toda a casa – também fossem denunciados. Ou seja, é aquela velha desculpa: se todo mundo faz, por que também não eu? Prevalece o pensamento de que normal e comum são sinônimos; a verdade é que tal binômio se difere no sentido de que nem tudo aquilo que é comum – todas as irregularidades cometidas pelos parlamentares com o uso da verba rescisória – deve ser tido como normal. Nada disso é normal!

Assim como também não deve ser tido como normal a declaração do dep. Sérgio Moraes, que foi o que de fato me espantou nessa matéria: “Eu estou me lixando para a opinião pública!”. Independentemente das mais diversas teorias sobre o que seria opinião pública, e o que essa expressão compreende, tem-se que uma declaração dessa, dada por um parlamentar, eleito exatamente para representar os cidadãos, aqueles que corporificam de fato o que significa a expressão opinião pública, é algo de extrema gravidade e denota o desprezo que eles têm pelas instituições e a certeza de que serão impunes.

Segue ainda o deputado: “Vocês batem, batem, e nós nos reelegemos mesmo assim”. A imprensa cumpre seu papel de denunciar as irregularidades e pressionar por uma solução para isso e ainda assim o deputado sente-se confortável, na certeza de que nada lhe irá ocorrer. Não cabe a mim aqui discorrer acerca da importância da imprensa para a solidificação de uma democracia, seja aqui ou onde for – acho que esse papel cumpriria melhor a Thiago, a metade jornalista deste blog –, mas é inegável que tal papel desempenhado pelos jonalistas é imprescindível. E declarações como essas, ou mesmo as do nosso presidente – seja em uma entrevista em que declarou não ler mais jornais, ou na semana passada, quando saiu em defesa dos parlamentares que acumulam milhagens às custas do erário – são assustadoras, na medida em que deixam claro que, não adianta o jornal mostrar, o povo chiar, que essas pequenas irregularidades, que todo mundo faz, não serão punidas mesmo.

***

Para compor o título, me apropriei da expressão “Teatro dos Oprimidos”, cunhada por Augusto Boal (falecido semana passada) para definir as apresentações teatrais que promovia, em que o espectador era estimulado a participar da cena, dando novos contornos e possibilidades à história, fugindo de sua natural passividade. Por enquanto em Brasília encena-se apenas o Teatro dos Opressores, enquanto esperamos o momento em que os oprimidos possam também levantar-se e protagonizar a história.

sábado, 2 de maio de 2009

Uma boa ideia…

Chegamos à marca de 50 posts neste nobre sítio e, passada uma semana, nem ao menos uma comemoração, um bolinho que seja. Gastamos o espaço falando de STF, ministros e tais, e o número passou batido, de modo, que agora Inês é morta. Resta-nos agora não comemorar os 50 primeiros posts, mas os 51 primeiros, o que no fundo se revelou uma muito melhor ideia. Afinal, números redondos,  perfeitinhos, como 50, 100 e por aí vai, são sempre lembrados, mas quem se lembrará do post nº 51? Por isso quisemos torná-lo memorável, mesmo que se dele não se extraia nada de muito importante.

Mas a comemoração não será no estilo padrão Globo de Restrospectiva. Apesar de termos uma pequena história com um conteúdo bem simples, cada post mereceria uma história própria a ser contada. Cada post não escrito, aquele que surgia na fila do banco ou na poltrona de um cinema, mas que ao chegar em casa era suprimido por outras atividades, preguiça ou mero esquecimento. Por que não dizer que este merece também a sua homenagem? Ora, se tivéssemos escrito esses pseudoposts, estaríamos agora comemorando o milésimo.

De fato, muito se foi perdido, talvez pela falta de tempo ou esquecimento, mas acho que muito mais por aquela preguicinha boa que dá de vez em quando e te afasta totalmente dos teclados do computador, e te aproxima mais da cama e dos travesseiros, que em outra ocasião nunca pareceriam tão macios. Mas se talvez tivéssemos escrito tudo o que nossa latente erudição nos tivesse permitido, este blog perderia muito do seu charme.

Mas enfim, como é o 51º, bem que podíamos ganhar de presente uma garrafa da conhecida e clicheriana Pirassununga 51. Até pedimos desculpas pela falta de criatividade num texto que já estava sendo direcionado desde o seu princípio à cachaça. Sejamos relevantes, estamos em momento de festa!

pirassununga 

Escrito a quatro mãos, just like old times. Ainda que por conta d’outros compromissos, ou mesmo de uma preguicinha boa, a presença física dos interlocutores que vos escrevem tenha se tornado inviável nos últimos tempos. Agora, aproveitando o ensejo, responde aí a enquete ao lado, que, por ser a primeira desse blog, nem vamos fazer muito alarde não…