terça-feira, 24 de março de 2009

O vento vai dizer lento o que virá…

De fato, já se passou um fim de semana inteiro, e nem ao menos uma palavra. Mas de hoje não passa, com certeza hei de escrever aqui a respeito da experiência da última sexta-feira. É certo que até alguns dias antes nem pensava em estar lá, mas convencido por um grande amigo, agora recorrente companhia em situações como essa – já são dois; valeu Zé! – decidi ir.

A odisséia começa ainda no ônibus. Ou melhor, começa antes dele. Isso porque, tendo marcado de chegar lá por volta das cinco e meia da tarde, cautelosamente dirigi-me ao ponto de ônibus por volta de quatro horas, para ter certeza de que não teria atraso – afinal, era melhor esperar do que perder o que estava por vir. Mas tamanha precaução não foi suficiente, uma vez que não consegui antever o fato de que, como disse acima, por se tratar de uma sexta-feira, o trânsito podia não ser dos mais favoráveis. Por conta disso, esperei um bom tempo, até que um primeiro coletivo aparecesse por lá, só pra avisar ao despachante que a porta estava quebrada, e que ia voltar pra garagem – sendo que tinha acabado de sair de lá!

No fim das contas passei 40 minutos em pé esperando pelo maldito ônibus. E quando este por fim chegou, não necessariamente representou um alívio, pois que ainda fui obrigado a passar um bom tempo no engarrafamento. O trânsito até que fluía bem, mas foi chegar ao vão central da ponte, exatamente no alto, onde ele para de subir pra começar a descer que eu tive a visão exata: tudo engarrafado, completamente parado. Mas não esmoreci, até porque o que poderia fazer? Puxar a cordinha e descer ali mesmo? Então esperei.

Mas quando enfim cheguei lá, por volta das seis horas, descobri que até que essa espera toda não tinha sido de todo ruim. Afinal o portão tinha sido aberto há pouco tempo, então, havia pouca gente, porém muita expectativa. A espera de uma hora que ainda restava até o começo – afinal a pontualidade britânica determinava que os trabalhos deveriam começar às sete em ponto – só fazia aumentar essa expectativa. E mais pessoas iam chegando, e com isso, aquele cenário tão habituado a desfiles carnavalescos ia ganhando outros contornos – igualmente carnavalescos, é verdade, mas já em clima de quarta-feira de cinzas, até porque, bem sabemos, todo carnaval tem seu fim mesmo…

E por fim, a espera foi devidamente recompensada, quando aqueles quatro caras subiram ao palco para dar início àquela catarse coletiva. E foi reiterando que o carnaval já está findo – esta talvez fosse apenas uma festa fora de época – que eles deram início a mais um show sensacional.

Ainda acreditando que carnaval tem sempre, o que mais eu poderia ouvir – e ver – por aqui?

Como não consegui uma versão ao vivo, vai o clipe mesmo...

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