terça-feira, 13 de janeiro de 2009


A morte-vida do poeta


Condeno o discurso viciado
comum de quem se consome em palavras
sem oxigênio, sem o ser sensível, sem vida
Amontoado de letras
sem o espírito expressivo que move o poeta
(que não se permite morrer)
Seu corpo irá
impregnado por vermes,
ficará lá a lápide,
presa a um passado
como símbolo da vida vivida
e ficarão cá os seus escritos,
atravessando todos os tempos
semeando a vida vivente.
Os poemas são como formol
conservando a alma de um artista.
Emocionando, comovendo quem se dispor
a fazer parte dessa tal vida vivente
através de um livro,
uma folha,
uma palavra semeada.


Essa poesia é uma contribuição de nossa colaboradora Helena.

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